Cadeias na Bahia estão infestadas de ratos; Seap diz que ainda não tem solução

No início deste mês, a reportagem do Bocão News divulgou que presidiários de uma cela do anexo I, da Cadeia Pública de Salvador, que compõe o Complexo Penitenciário Lemos Brito, no bairro da Mata Escura, em Salvador, capturaram uma cobra na unidade. O animal que media aproximadamente dois metros, invadiu a cela e foi pego pelos presos enquanto outros tiraram fotos exibindo o animal.
Nesta quarta-feira (17), a reportagem do UOL divulgou que ratos, cobras e pombos infestaram as instalações da Cadeia Pública de Salvador, da penitenciária Lemos Brito e da UED (Unidade Especial Disciplinar. Segundo denúncia do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia(Sinspeb), o ambiente das unidades prisionais é insalubre e põe em risco a saúde de presos e agentes penitenciários.
Imagens divulgadas pelo sindicato mostram ratazanas circulando pela área externa da Cadeia Pública de Salvador durante o dia. O lixo espalhado pelo local acaba atraindo os animais. Há relatos também da presença desses bichos dentro das celas e dos alojamentos. O mesmo ocorre nas instalações da Lemos Brito e da UED.

Ainda de acordo com a reportagem, a UED não possui alojamento com camas para descanso dos agentes penitenciários, mesmo havendo plantão de 24 horas. Segundo o sindicato, os servidores são obrigados a dormir no chão durante o descanso. "Agentes já levaram mordidas de ratos enquanto dormiam no chão. Como não há alojamentos apropriados, os agentes lotados na UED não poderiam estar cumprindo plantão de 24 horas, mas só de 12 horas", defende o sindicalista.
Relatório do Sinspeb de 2014 mostra graves problemas estruturais na penitenciária Lemos Brito e na UED. A maioria das portas está com defeito para abrir e fechar. A iluminação é precária na parte interna das galerias, o que dificulta a captação das imagens. O quadro de monitoramento é obsoleto e as câmeras externas estão com defeito. Os muros das unidades são baixos, facilitando o arremesso de objetos ilícitos para dentro das unidades. Uma cena assim foi inclusive gravada pelas câmeras do sistema de segurança da penitenciária.

De acordo com dados do Sinspeb, a Cadeia Pública de Salvador possui 465 presos enquanto sua capacidade é para 428 internos. Já a Brito Lemos, com espaço para 1.336, tem 312 presos a mais. A UED tem 292 internos e está funcionando dentro de sua capacidade.

A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) informou que os diretores das unidades prisionais se reuniram nesta semana para discutir o assunto, mas ainda não encontraram solução para combater as pragas nos presídios. A secretaria não comentou os demais assuntos.
(Bocão News)

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