Bonito tem mais uma comunidade certificada pela Fundação Palmares como Remanescente de Quilombola


A Comunidade de Pedra de Amolar, localizada no município de Bonito, Bahia, recebeu a certificação da Fundação Palmares como Comunidade Remanescente de Quilombola, conforme anunciado na Portaria Nº 166, divulgada no Diário Oficial da União - DOU, nesta quinta-feira, 27 de julho.

Com esta certificação, a Bahia reforça seu título de estado brasileiro com o maior número de quilombolas, de acordo com os dados recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo Demográfico de 2022. Surpreendentemente, 75% das 417 cidades baianas contam com moradores que se autoidentificam como quilombolas, mas é em Bonito que a comunidade quilombola prevalece numericamente, representando 50,2% da população total de 15.844 habitantes.

Essa peculiaridade torna Bonito uma das cinco cidades do país com a maioria da população sendo de origem quilombola. As outras cidades que compartilham essa característica são Alcântara (MA) com 84,57%; Berilo (MG) com 58,37%; Cavalcante (GO) com 57,08%; e Serrano do Maranhão (MA) com 55,74%.

Bonito, localizada na região da Chapada Diamantina, é uma das cidades mais jovens da Bahia, tendo obtido sua emancipação oficial em 1989, separando-se de sua vizinha Utinga. Apesar de sua relativamente pequena área, pouco mais de 640 km², a cidade se destaca pelo significativo papel que desempenha na preservação e valorização da cultura quilombola.

Com a nova certificação concedida pela Fundação Palmares, a Comunidade de Pedra de Amolar, em Bonito, ganha maior reconhecimento e respaldo em suas lutas e direitos enquanto remanescentes de quilombolas, preservando assim sua rica herança cultural e história ancestral. (Blog do Léo Barbosa)


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