Censo 2022 mostra queda do catolicismo e crescimento dos evangélicos e dos que não têm religião.
O novo retrato religioso do Brasil, revelado pelo Censo Demográfico de 2022 do IBGE, confirma uma tendência de queda na proporção de católicos e crescimento de evangélicos e pessoas sem religião. Essa mudança também pode ser observada em cidades do interior da Bahia, como Bonito, Utinga e Wagner.
Bonito (BA)
Em Bonito, o catolicismo ainda é predominante, com 69,36% da população. Os evangélicos representam 17,01%, enquanto 10,59% da população se declara sem religião. Religiões como o espiritismo (0,35%) e umbanda e candomblé (0,07%) têm menor representação.
Utinga (BA)
Utinga segue tendência parecida: 67,3% da população se identifica como católica, 16,12% como evangélica, e 13,07% não seguem nenhuma religião. Também se destaca um número um pouco maior de adeptos de umbanda e candomblé (0,62%) em relação às cidades vizinhas.
Wagner (BA)
Já em Wagner, observa-se a menor proporção de católicos entre as três cidades: 61,44%. Em compensação, é a cidade com maior percentual de evangélicos (22,78%) e uma proporção relevante de pessoas sem religião (12,21%).
Cenário Nacional
De 2010 a 2022, o número de católicos no Brasil caiu de 65,1% para 56,7% da população de 10 anos ou mais — uma queda de 8,4 pontos percentuais. Em contrapartida, os evangélicos cresceram de 21,6% para 26,9%, e os que se declaram sem religião passaram de 7,9% para 9,3%.
A umbanda e o candomblé também cresceram, passando de 0,3% em 2010 para 1,0% em 2022. As demais religiões alternativas, chamadas “outras religiosidades”, passaram de 2,7% para 4,0%. A religião espírita, por outro lado, teve uma leve queda: de 2,2% para 1,8%.
Fonte: Censo Demográfico 2022: Religiões – Resultados preliminares da amostra, IBGE.