A denúncia foi recebida pela Justiça em 27 de julho e é resultado da "Operação Ceres", conduzida pelo 7º Promotor de Justiça de Patrimônio Público da Capital e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). De acordo com o MP, o grupo atuava dentro do Inema para manipular e facilitar ilegalmente licenças ambientais para grandes empreendimentos rurais, em troca de pagamento.
Entre os nomes citados estão:
- Maristela Tereza de Castro, ex-secretária parlamentar da Assembleia Legislativa da Bahia;
- Jacques Douglas Santos Silva da Palma, então coordenador do Inema em Guanambi;
- Angélica Xavier da Silva Cardoso, Victor Vinícius Santana Arouca e Patrícia Viviane Barros de Azevedo, ex-secretários da Direção-Geral do Inema;
- Sabrina Mendes Leal Santos Teixeira de Freitas, ex-secretária da Coordenação de Agrossilvipastoris;
- Alexander Von Amomon, consultor ambiental;
- Gervalter Barreiros Pizato, fazendeiro dono das propriedades Pedra Preta, Perobal e Barreirinho.
Além dos crimes de corrupção e associação criminosa, Jacques Douglas também foi denunciado por crime ambiental. O processo penal já está em andamento. A reportagem tenta contato com as defesas dos acusados.
As investigações ganharam força após a deflagração de mandados de busca e apreensão em julho de 2024, que atingiram sete pessoas. As ações ocorreram em cidades como Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas, Guanambi e Riacho de Santana — onde uma mansão foi alvo da operação.
O caso revela um esquema que pode ter comprometido diretamente a regularidade ambiental de grandes empreendimentos no estado, reforçando a importância da fiscalização sobre órgãos ambientais e o uso responsável dos recursos naturais.
Fonte: G1 Bahia