A Justiça Eleitoral determinou a cassação dos mandatos do prefeito e da vice-prefeita de Contendas do Sincorá, no sudoeste da Bahia, após investigação que apontou compra de votos e abuso de poder político e econômico nas eleições municipais.
Segundo o processo do TRE-BA (Tribunal Regional Eleitoral da Bahia), os gestores teriam oferecido dinheiro, cestas básicas, pagamento de contas e até botijão de gás em troca de votos.
👉 O caso envolve ainda transferências via PIX, realizadas, de acordo com a investigação, com participação da filha do prefeito.
Quem é o prefeito cassado em Contendas do Sincorá
O prefeito Ueliton Valdir Palmeira Souza (Avante), conhecido como Didi, tem 60 anos. Antes de assumir o cargo em 2024, trabalhava como servidor público municipal.
De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele declarou mais de R$ 503 mil em bens, incluindo três fazendas e 70 cabeças de gado.
Nas eleições, venceu com uma diferença de apenas 58 votos.
Quem é a vice-prefeita
A vice-prefeita Érica Brito de Oliveira (Avante), chamada de Professora Érica, tem 50 anos.
Formada em Letras e pós-graduada em Políticas Públicas em Educação, atuava como professora do ensino fundamental.
Nas redes sociais, se apresenta como cristã, casada e mãe de quatro filhos, compartilhando momentos em família e de sua trajetória política.
Esquema teria usado PIX para pagar eleitores
Segundo a sentença, o prefeito e a vice participaram de um esquema que incluía pagamentos entre R$ 500 e R$ 2 mil a eleitores, além da distribuição de bens.
O juiz eleitoral Raimundo Saraiva Barreto Sobrinho, da 58ª Zona Eleitoral, determinou ainda a inelegibilidade de Ueliton por oito anos.
Ele e a filha também foram condenados a pagar R$ 10 mil cada um, devido à gravidade do caso.
O que acontece agora em Contendas do Sincorá
A decisão prevê a realização de novas eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito, caso seja confirmada em instância superior.
A defesa dos políticos divulgou nota oficial afirmando que recebeu a decisão com “surpresa” e que vai recorrer ao TRE-BA.
Fonte: G1 Bahia