Participaram da reunião o secretário Eduardo Mendonça Sodré, o superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Luiz Araújo, além do Cacique Juvenal e Jumara Payayá, lideranças tradicionais do município de Utinga, localizado na Chapada Diamantina.
Diálogo e construção coletiva
O secretário Eduardo Mendonça reforçou que a Reserva da Biosfera é um espaço de cooperação.
“A grande vantagem da Reserva é permitir a escuta de todos os setores: comunidades locais, poder público e setor econômico. Não é uma limitação territorial, mas sim uma oportunidade de promover desenvolvimento sustentável reconhecido pela Unesco”, afirmou.
Já o superintendente Luiz Araújo destacou que o processo segue aberto à participação popular. Segundo ele, a expectativa é que a proposta seja enviada ao Ministério do Meio Ambiente em setembro e, em seguida, submetida à Unesco.
A voz do povo Payayá
Para o Cacique Juvenal Payayá, a relação entre os povos indígenas e a preservação ambiental é essencial.
“A terra é mãe, e ninguém maltrata a própria mãe. Estar nesse diálogo sobre a biosfera é um grande passo para proteger o meio ambiente”, declarou.
A reunião também contou com representantes da Rede de Mulheres para a Biodiversidade da América Latina e Caribe e do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba), reforçando a importância da participação social no processo.
A proposta da Reserva da Biosfera da Chapada Diamantina
A proposta técnica foi atualizada após os diálogos realizados pela Caravana. Inicialmente prevista para 42 municípios, a poligonal da RBCD agora abrange 66 municípios, incluindo 19 unidades de conservação, cinco territórios de identidade e uma área total de 4,6 milhões de hectares.
Entre as novidades, destacam-se a incorporação das Serras de Jacobina, reivindicadas pela população local, além da inclusão integral do município de Utinga e novas áreas em Várzea Nova, Ourolândia e Brotas de Macaúbas.
Chapada Diamantina ganha força no cenário internacional
O reconhecimento da Unesco poderá abrir portas para novas oportunidades de cooperação internacional, investimentos em turismo sustentável e maior valorização da cultura indígena e comunitária.
📌 A Reserva da Biosfera da Chapada Diamantina é vista como um passo histórico para o equilíbrio entre preservação ambiental, desenvolvimento econômico e fortalecimento cultural na Bahia.
Fonte: Ascom/Sema