Educação: Alunos da rede estadual falam das dificuldades para ter acesso às aulas digitais na BA; estudante relata crise de ansiedade

 

Estudante está tomando remédio para tratar a ansiedade desenvolvida após dificuldades no acesso às aulas remotas.

Gabriel não consegue ter acesso às aulas virtuais na BA por não ter, televisão, celular, nem internet — Foto: Reprodução/TV Bahia

Alunos da rede estadual de ensino relataram estar com dificuldade para ter acesso às aulas digitais. Devido à grande quantidade de estudantes, as salas virtuais lotam rapidamente ao serem criadas e muitos deles não conseguem ter acesso.

Segundo a estudante Marcela Bacelar, são 100 alunos por turma, sendo que todas as turmas do segundo ano foram colocadas em uma sala só, o que daria um total de mais de 200 alunos.

Ainda segundo Marcela, mais da metade dos alunos ficam sem acesso a aula virtual, porque a sala está no limite de participantes.

"Já aconteceu do professor criar a sala, antes mesmo dele entrar ocupou o limite [de pessoas], e ele não conseguiu entrar na sala, então não teve aula", explicou a estudante
Marcela desenvolveu crise de ansiedade por não conseguir ter acesso às aulas virtuais na BA — Foto: Reprodução/TV Bahia

A mãe de Marcela, Janete Bacelar, disse que a filha desenvolveu crise de ansiedade por conta da situação.

"Marcela desenvolveu ansiedade por tudo isso e está tomando remédio, porque quer estudar, quer aprender e não está conseguindo. Eu tentei falar com a escola, não consegui, tentei falar com a coordenadora e não consegui", relatou a mãe.


Quem também está tendo dificuldades para acompanhar as aulas remotas é o estudante Gabriel Nascimento. Na casa dele não tem televisão, celular, nem internet.


"Estou lendo e não entendo muito as coisas. Falta para professor para dar aula", disse o estudante.


A Secretaria de Educação da Bahia informou que tem disponibilizado materiais didáticos não digitais para quem não tem acesso regular a internet, que os estudantes podem ir na escola uma vez por semana, com horário marcado, para interagir com os professores e tirar dúvidas.


A secretaria disse também que os alunos com alguma dificuldade podem entrar em contato com os professores ou com a direção de cada unidade escolar.

A mãe dele, Marilene Nascimento, está preocupada com a situação, já que o filho está tendo dificuldades para estudar.

"É triste. Ele está querendo estudar, mas não está conseguindo", relatou Marilene.


A madrinha de Gabriel, Fernanda Sá, entrou em contato com a escola do afilhado, mas foi informada de que não havia estrutura. Segundo ela, a diretora disse que o que poderia fazer, era oferecer o caderno de atividades, mas não teria quem revisasse.

Fonte: G1 Bahia

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