Mitos sobre dinheiro: 3 especialistas desvendam os maiores equívocos sobre finanças pessoais

 Ainda há muita desinformação sobre educação financeira. Três especialistas explicam o que realmente importa para construir estabilidade econômica e investir com segurança.

Foto: Gemini

Em meio à instabilidade econômica global e ao aumento da complexidade do sistema financeiro, entender como o dinheiro funciona nunca foi tão essencial.

No entanto, mitos e crenças equivocadas sobre finanças pessoais continuam muito presentes, desde a ideia de que investir é só para ricos, até a crença de que educação financeira é apenas sobre poupar.

Para esclarecer o tema, o Fórum Econômico Mundial conversou com três especialistas internacionais em educação financeira e inclusão econômica. Eles revelaram as verdades por trás de alguns dos maiores mitos sobre dinheiro e mostraram como o conhecimento pode transformar a vida financeira das pessoas e das empresas.


Mito 1: Educação financeira é um “luxo” no ambiente de trabalho

Segundo Ana Mahoney, CEO da Additional Wealth, pensar que educação financeira é apenas um “extra” é um erro grave:

“Educação financeira no trabalho não é um luxo, é uma necessidade”, afirma.

Mahoney cita pesquisas mostrando que mais da metade dos trabalhadores apontam o estresse financeiro como sua principal fonte de preocupação, algo que afeta diretamente a produtividade e o bem-estar.

📉 “Essas preocupações estão custando bilhões de dólares em produtividade perdida nas empresas”, alerta.

Ela ressalta ainda que, com as pessoas vivendo mais e se aposentando mais tarde, há uma grande oportunidade de impacto positivo, tanto para os indivíduos quanto para os negócios que investem em programas de educação financeira.

“Podemos ajudar as pessoas a viverem melhor e, ao mesmo tempo, gerar oportunidades reais de negócio”, conclui.


Mito 2: Educação financeira é só para quem tem tempo e dinheiro sobrando

A CEO da Nuveen, Saira Malik, que administra cerca de US$ 1,4 trilhão em ativos (cerca de R$ 7,7 trilhões), afirma que educação financeira é para todos, independentemente da renda.

“Não se trata de quanto dinheiro você tem, mas de como você faz o seu dinheiro trabalhar por você”, destaca.

Malik explica que guardar e investir pequenas quantias desde cedo pode gerar fontes importantes de renda passiva no futuro, graças aos juros compostos.

“Quanto mais cedo você começa, melhor. Assim você cria bons hábitos e se prepara para a aposentadoria”, afirma.

Um relatório recente do Fórum Econômico Mundial apontou um crescimento expressivo de novos investidores individuais em todo o mundo cada vez mais jovens, diversos e conectados à tecnologia.

📊 “Os investidores estão mais variados em idade, gênero e renda, e valorizam plataformas digitais que facilitam o acesso ao mercado financeiro”, destaca o estudo Global Retail Investor Outlook.


Mito 3: Instituições financeiras são sempre arriscadas

Muitos ainda desconfiam de bancos e evitam investir com medo de perdas. Mas, segundo Oluwatosin Olaseinde, fundadora e CEO da plataforma Money Africa, nem todo investimento é arriscado, e o medo, muitas vezes, nasce da falta de informação.

“Existem produtos financeiros seguros e acessíveis que podem ajudar qualquer pessoa a construir riqueza ao longo do tempo”, afirma.

Para Olaseinde, a educação financeira tem papel fundamental nesse processo.

“Aprender sobre finanças é como ir à academia: você não melhora de um dia para o outro. É um processo contínuo”, explica.
“Com o tempo e prática, você ganha confiança, força e sabedoria para tomar decisões melhores.”

O relatório global do Fórum também mostra que novas plataformas digitais estão democratizando o acesso a investimentos e à educação financeira, permitindo que mais pessoas escolham estratégias e produtos adequados ao seu perfil.


O avanço da educação financeira no mundo

No mês passado, o Conselho Global do Fórum Econômico Mundial sobre Educação Financeira lançou o Financial Education Resource Hub, uma plataforma digital com programas, pesquisas e boas práticas de vários países.

Entre os exemplos, há aulas de finanças para adolescentes no Peru e estudos sobre o impacto do envelhecimento populacional na economia asiática, conduzidos pelo Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB).

O objetivo do projeto é melhorar o acesso à educação financeira e ajudar governos, empresas e cidadãos a desenvolver habilidades que promovam autonomia e segurança econômica.


💬 Conclusão: Educação financeira é poder

Os três especialistas concordam em um ponto central: entender como o dinheiro funciona é o primeiro passo para conquistar liberdade e estabilidade financeira.

💡 Educação financeira não é um privilégio é uma ferramenta essencial para o futuro.

Fonte: weforum.org 

 

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