Moradores pressionam Câmara de Palmeiras para barrar projeto de taxa turística; entenda caso

 Movimentos sociais do Vale do Capão alertam para votação do PL nº 1.123/2025 sem audiências públicas e cobram mais transparência do Legislativo

Foto: Reprodução / Redes Sociais / Google Street View

Moradores, movimentos sociais e entidades do Vale do Capão (Caeté-Açu) voltaram a pressionar a Câmara Municipal de Palmeiras, na Chapada Diamantina, contra a possível votação de um projeto de lei que cria uma taxa turística no município. O alerta foi divulgado nesta segunda-feira (29), diante da informação de que a proposta pode ser apreciada durante o recesso legislativo e às vésperas do Ano-Novo.

A iniciativa reacende a tensão entre a sociedade civil e o poder público local, especialmente pela forma como o projeto vem sendo conduzido, segundo os coletivos.


Projeto de taxa turística gera críticas por falta de debate público

Em nota publicada nas redes sociais, os movimentos criticaram a tramitação do Projeto de Lei nº 1.123/2025, que prevê a cobrança de uma taxa para visitantes não residentes em Palmeiras. De acordo com o comunicado, o texto estaria avançando sem a realização de audiências públicas, sem transparência e sem acesso da população à versão atualizada da proposta.

“Não somos contra o cuidado com o meio ambiente. Pelo contrário. Mas decisões desse impacto não podem ser tomadas às pressas, sem ouvir moradores, comerciantes, trabalhadores do turismo, hospedarias e visitantes”, afirmam os coletivos.


Preocupação com uso dos recursos arrecadados

Outro ponto levantado pelos moradores é a falta de clareza sobre a destinação e o controle dos recursos que seriam arrecadados com a taxa turística. Segundo os movimentos, o texto do projeto sofreu alterações ao longo da tramitação, sem ampla divulgação ou debate público.

Entre as principais reivindicações estão:

  • Suspensão da votação do projeto;
  • Realização de audiências públicas;
  • Maior diálogo entre Câmara, Executivo e população;
  • Criação de mecanismos claros de fiscalização e controle social.


Palmeiras sob novo alerta político

A cidade de Palmeiras, na Chapada Diamantina, tem sido palco de sucessivas controvérsias políticas nos últimos meses. O novo alerta ocorre após uma sessão marcada por protestos, quando vereadores barraram parte de um conjunto de projetos enviados pelo Executivo municipal, classificados por moradores e ambientalistas como um “pacote antiambiental”.

Na ocasião, apenas um dos cinco projetos foi aprovado. Os demais foram rejeitados, retirados de pauta ou seguem em tramitação.


Impacto no Vale do Capão e críticas da Uefs

O PL nº 1.123/2025 foi um dos projetos que enfrentaram maior resistência popular, por impactar diretamente o Vale do Capão e áreas ambientalmente sensíveis da Chapada Diamantina. A proposta prevê a criação de uma taxa ambiental para turistas, com cobrança baseada em Unidades Fiscais Municipais (UFMs) e responsabilidade solidária de empreendimentos turísticos.

A iniciativa também foi alvo de críticas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), que recomendou o arquivamento do projeto por apontar ausência de participação popular, falta de estudos técnicos e riscos de retrocesso socioambiental.


“Queremos diálogo e transparência”, reforçam moradores

Mesmo diante da mobilização e das críticas técnicas, moradores afirmam que o projeto volta a avançar sem garantias de escuta pública.

“O que estamos pedindo é simples e justo: diálogo, audiências públicas e transparência”, reforçam os movimentos sociais.


Fonte: Agência Brasil 

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