Embora os dados mostrem uma redução no número de mortes violentas em relação a 2023, a Bahia ainda lidera o ranking nacional em números absolutos (total de ocorrências). Quando se considera o número de habitantes (proporcionalidade), o estado fica em segundo lugar, atrás apenas do Amapá.
Cidades baianas no topo do ranking da violência
Entre as 10 cidades mais violentas do país, cinco são baianas:
- Jequié – 2ª posição nacional
- Juazeiro – 3ª posição
- Camaçari – 4ª posição
- Simões Filho – 7ª posição
- Feira de Santana – 10ª posição
Essas cidades apresentaram altas taxas de homicídios a cada 100 mil habitantes, que é o critério usado para o ranking.
Apesar disso, houve queda nas taxas de violência em quatro dessas cidades em relação a 2023: Jequié, Camaçari, Simões Filho e Feira de Santana. A única com aumento foi Juazeiro.
Comparativo de taxas de violência (homicídios por 100 mil habitantes)
Cidade | Posição no ranking | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Jequié | 2º | 84,4 | 77,6 |
Juazeiro | 3º | 74,4 | 76,2 |
Camaçari | 4º | 90,6 | 74,8 |
Simões Filho | 7º | 75,9 | 71,4 |
Feira de Santana | 10º | 74,5 | 65,2 |
Intervenções policiais: Bahia também lidera
Além das mortes violentas em geral, a Bahia também aparece com destaque negativo no número de mortes por intervenção policial, ou seja, em ações envolvendo policiais.
Seis cidades baianas aparecem no ranking das 10 com maior número desse tipo de ocorrência. A liderança é da cidade de Santo Antônio de Jesus, com uma taxa de 30,2%, bem acima da média nacional de 22%.
Ranking | Cidade | Estado | Taxa de mortes por intervenção policial |
---|---|---|---|
1º | Santo Antônio de Jesus | BA | 30,2% |
4º | Eunápolis | BA | 26,6% |
5º | Jequié | BA | 26,1% |
6º | Porto Seguro | BA | 19,9% |
9º | Lauro de Freitas | BA | 18,8% |
10º | Simões Filho | BA | 18,3% |
O que diz o governo da Bahia?
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que:
- Houve redução no número de mortes violentas nos dois últimos anos: 6% em 2023 e 8,2% em 2024;
- A cidade de Jequié recebeu ações da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), o que ajudou a reduzir a violência;
- Todas as mortes por intervenção policial são investigadas;
- Novas medidas de controle da atividade policial estão sendo aplicadas, como afastamento e acompanhamento psicológico de agentes envolvidos em mortes por intervenção legal.
Mesmo com algumas reduções, os dados mostram que a violência ainda é um desafio importante na Bahia, especialmente em cidades médias e grandes. As ações de segurança têm buscado respostas, mas a presença de facções criminosas e disputas pelo tráfico ainda influencia fortemente esses índices.
Fonte: G1 Bahia