Fed prepara corte de juros nos EUA enquanto Copom mantém Selic em 15% ao ano

Foto: BC

 A chamada “Super Quarta” movimentou os mercados nesta quarta-feira (17). De um lado, o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, sinalizou o primeiro corte de juros em nove meses. Do outro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil manteve a Selic em 15% ao ano, conforme esperado pelo mercado.

Copom segura a Selic em 15% ao ano

O Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic estável em 15%. A decisão já era amplamente aguardada pelos investidores.

De acordo com o comunicado, a autoridade monetária seguirá em posição significativamente contracionista por período prolongado, com o objetivo de assegurar a convergência da inflação para a meta.

O colegiado também destacou que não hesitará em retomar o ciclo de aperto monetário caso considere necessário.

A Selic chegou a esse nível após uma série de altas iniciadas em setembro de 2024, quando estava em 10,75%. O movimento foi uma resposta às pressões inflacionárias e à atividade econômica acima do esperado.

Fed prepara corte de juros após nove meses

Enquanto isso, em Nova York, o Fed deve anunciar a redução da sua taxa básica, após nove meses de estabilidade.

O corte vem em um momento de inflação acima da meta de 2% e um mercado de trabalho enfraquecido, cenário que exige equilíbrio entre estímulo à economia e controle dos preços.

A taxa do Fed impacta diretamente o custo de crédito para consumidores americanos, como cartões, hipotecas e empréstimos e indiretamente afeta o mundo todo, inclusive o Brasil.

Como as decisões afetam o seu bolso

> No Brasil (Selic 15%)

  • Juros altos encarecem o crédito, mas favorecem investimentos em renda fixa.
  • A manutenção reforça o compromisso do Banco Central com o controle da inflação.
Nos EUA (corte do Fed):

  • Pode aliviar o custo de financiamentos e reduzir o rendimento de contas de alta rentabilidade.
  • Para o Brasil, pode significar menor pressão sobre o dólar, ajudando a reduzir riscos cambiais.

Reflexos nos investimentos

A combinação de decisões reforça a cautela nos mercados:

  • O Brasil segue em modo defensivo, com Selic em patamar elevado.
  • Os EUA buscam estimular a economia, o que pode atrair fluxos de capital de volta para mercados emergentes como o Brasil.

Para investidores, o momento é de avaliar oportunidades em:

  • Renda fixa brasileira, ainda com retornos atrativos.
  • Bolsa de valores, que pode se beneficiar da redução de riscos externos.
  • Dólar e câmbio, que tendem a reagir de acordo com a diferença entre juros no Brasil e nos EUA.

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