Machu Picchu brasileira: cidade na Chapada Diamantina encanta com história, cultura e paisagens deslumbrantes


Igatu, o vilarejo de pedra no coração da Chapada Diamantina


No coração da Chapada Diamantina, na Bahia, um pequeno distrito tem conquistado turistas do Brasil e do exterior. Igatu, conhecido como a “Machu Picchu brasileira”, encanta por sua arquitetura de pedra, ruas históricas e uma atmosfera que mistura cultura, arte e natureza exuberante.

Localizada a cerca de 433 km de Salvador e 23 km de Mucugê, a vila pode ser explorada a pé, oferecendo uma experiência única de imersão na história do garimpo e na beleza natural da região.


Origem histórica: do garimpo à preservação cultural

No século XIX, Igatu viveu o auge da mineração de diamantes. Garimpeiros de várias partes do país chegaram em busca de fortuna e transformaram o vilarejo, construindo casas com as próprias pedras retiradas das montanhas.
Durante seu apogeu, o distrito chegou a ter quase 10 mil habitantes e era considerado um dos centros mais prósperos da Chapada Diamantina.

Com o esgotamento das jazidas, a economia entrou em declínio e parte da população deixou o local, deixando para trás um cenário de ruínas históricas que hoje são o grande charme da vila.

Essas ruínas são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e representam um patrimônio cultural de valor incalculável para a Bahia e o Brasil.




Turismo sustentável e charme rústico

Atualmente, Igatu é um dos destinos mais procurados da Chapada Diamantina. O turismo tem movimentado a economia local, com pousadas aconchegantes, ateliês, museus a céu aberto e trilhas que levam a mirantes com vistas de tirar o fôlego.

Entre os principais pontos turísticos estão:

  • As ruínas de pedra no bairro Luís dos Santos;
  • O cemitério histórico, também feito em pedra;
  • A Igreja de São Sebastião, um marco da religiosidade local;
  • E o Museu de Igatu, criado por artistas da região.

O desafio, segundo moradores e guias, é manter o equilíbrio entre o turismo e a preservação ambiental e histórica, garantindo que a essência da vila seja respeitada.




Guardiões da memória e da cultura

Moradores como Maria de Lourdes Oliveira e o artista Marcos Zacaríades têm papel fundamental na preservação das tradições. Zacaríades, por exemplo, transformou parte das ruínas em obras de arte ao ar livre, encantando quem visita o local.

Outro destaque é o cronista Amarildo dos Santos, filho do dono do tradicional Bar Igatu, que criou um censo próprio da população. Ele registra nascimentos, óbitos e mudanças, transformando essas informações em livros vendidos em sua casa - um verdadeiro retrato da vida comunitária.


População e vida local

Segundo o último levantamento do IBGE (2022), Igatu contava com cerca de 360 habitantes. Porém, de acordo com o censo independente de Amarildo, a população atual gira em torno de 480 moradores, um crescimento que reflete a revitalização do turismo na região.


Um destino para quem busca história, natureza e tranquilidade

Com sua mistura única de história, arte e natureza, Igatu se consolida como um dos destinos mais encantadores da Chapada Diamantina.
A “cidade de pedra” oferece uma verdadeira viagem no tempo, onde cada ruína conta uma história e cada morador contribui para manter viva a alma da Machu Picchu brasileira.



📸 Fotos: @visiteigatu / Jair Mendonça Jr

Fonte: A Tarde



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